Little Mix nos presenteou com seu LM5,
quinto álbum de estúdio do grupo, alguns dias atrás. Com um nome tão simplório,
era esperado, ao menos, um hinário, e foi isso que tivemos.
Com uma intro de trinta segundos, o álbum
começa bem legalzinho, se podemos assim dizer. Agora, o ápice é a parceria com
Nicki Minaj, Woman Like Me, lead single do projeto. Com uma pegada, ainda
dançante, mais sóbria que os instrumentais de antes, há um amadurecimento em
relação ao som e ao modo de cantar. Think About Us é o que podemos chamar de continuação
de Womam Like Me, contudo, com uma pegada EDM em uma baladinha focada ao vocal.
Strip é o tipo de canção sem nenhum instrumento com um vocal mais sussurrado,
talvez irrite alguns, talvez agrade outros, mas é uma jogada boa.
Monster In Me é uma baladinha mais calma
que tem ponto mais alto em seu refrão, com um leve relembre de como eram as
baladinhas românticas (Obs: eu não analisei as letras ainda). Joan of Arc,
inspirada em Joana d’Arc para quem não capitou a referência, é uma coisa mais
trash, mais puxada ao rap, assim como o álbum caminha. Love a Girl Right segue
a mesma temática, mudando uns acordes aqui e ali.
American Boy mantem a pegada mais
rap/hip-hop, contudo, retorna ao pop com um refrão levemente dançante, bem chiclete,
aliás. Told You So é aquele acústico de violão que todo o álbum precisa ter,
podendo ser bom ou não, nesse caso, os vocais das garotas ajudam bastante,
mesmo sendo parado em pontos específicos. Wasabi é totalmente voltada ao
rap/hip-hop, com um toque de guitarra no fundo, mas sem extrapolar a fim de
sair do ritmo proposto.
More Than Words tem a participação de
Kamille. Essa música foi difícil de definir, pois ela caminhava fraca e parou
em um refrão forte, com vocal bem sobreposto, que atraiu muita atenção.
Entretanto, não voltando para um nível abaixo, ficou bem potente, sendo uma das
melhores do álbum até esse ponto. Motivate ainda está na mesclagem de pop e
hip-hop, mesmo o segundo sobressaindo em boa parte da segunda parte do álbum.
Para mim, as músicas mantiveram um excelente acorde, mas não me atraíram no
sentido de repetição.
Notice parte para o lado pop mais melancólico,
se posso assim dizer, como algo que Lana Del Rey faria, só que sem os acordes
mais enérgicos e os vocais mais gritados/agudos. The Cure me lembrou muito For
You, do Liam Payne e Rita Ora, no sentido romântico que passa e o instrumental
mais alegre. Coisa da minha cabeça, certeza. Forget You Not é a faixa explicita
de tropical house que todo mundo faz, principalmente quem acompanha kpop. Woman’s
World é algo mais pop, com um instrumental estável e vocal claro e potente.
Encerrando com Only You, parceria com Cheat Codes, que eu achei bem cara deles,
porém, nada que complementasse o currículo dela. Talvez, se fosse a primeira,
seria a clara alusão ao último álbum delas, por manter a temática anterior.
O
que eu realmente achei?
Tendo uma característica bem distinta do
Get Weird, terceiro álbum de estúdio, que tinha uma pegada mais juvenil, bem
adolescente. Já o Glory Days foi aquela fase jovem adulto. Com o LM5, foi a
fase mais madura delas, mostrando como elas evoluíram como grupo e com
conceitos bem caricatos de idades humanas.
Como sempre, o álbum se dividi, para mim,
em “Apenas o fandom vai gostar” e “Todo o povo vai gostar”. Agora, tem o
exclusivo “Eu gostei, e sei que meio mundo deve querer me bater por colocar
essas como as melhores”. Com isso, coloco More Than Words e Notice como as
melhores, tanto que foram as que seguiram à minha playlist. Apesar da minha escolha, o álbum está perfeito e com tanto dela em si que realmente revela um forte empenho do grupo em construir algo próprio.
De resto, sabemos que elas se mantêm
unidas, tanto que o sexto álbum de estúdio já possui raízes e está nascendo.
Claro, vão fazer uma turnê do LM5 antes de jogar alguma coisa no ar. Agora, há rumores de que será um álbum visual, então, eu espero que elas saibam trabalhar muito bem os lançamentos dos clipes, façam como a Melanie Martinez, lançar um por mês, assim manterá o nome do grupo em alta até o lançamento do próximo projeto, e não tudo de uma vez, abafando logo em seguida.
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