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O mundo da música está politizado: isso é bom ou ruim?


Nos últimos dias, as mais diversas tags subiram nos trending topics do Twitter e Facebook, fazendo todos que acompanham artistas saberem seus lados políticos, sociais e afins. Isso não é ruim, ainda mais com os temas de músicas sempre caminhando com o contexto histórico que estamos inseridos.

 
Tivemos vários exemplos, como #Elenão, ou #Meubolsominionsecreto, que levaram ao #Elesim, ou ao #Meucomunistasecreto, todas apontando o lado político, ou aparentemente hipócrita daqueles que a usam, ou a quem querem se referir. Primeiro, a postagem não terá nenhum viés político, apontando o lado certo ou não de quem está duelando. Segundo, será mais uma opinião mais concisa e direta sobre o cenário todo.
Quando 2018 passou da metade e a Copa Mundial se encerrou, os debates sobre as eleições eram esperados. Contudo, não com a agressividade que vem despontando. Tivemos casos de violência, quebra de amizade e qualquer que seja os motivos de agressão, e isso parou na indústria musical: houve artistas quebrando contrato e patrocínio, tivemos ataques de haters, ou até mesmos simpatizantes, pela falta de apoio e afins.
Claro caso é o da cantora Anitta, cuja demorou para se posicionar acendeu uma chama de descontentamento entre a base de fãs, pois ela carrega um discurso claro sobre o que pensa e quem há de votar, ou não votará. Entretanto, apenas usar uma tag mostra o quão rejeitado tal candidato é ou o tanto que é aceito pela população, e não creio que isso seja um motivo para causar tanta revolta, fora que não teria necessidade ela dizer “Sou contra ao Zé do bar” ou “Sou a favor da Maria da biblioteca”, a carreira musical dela revela para qual lado ela, ou não, apontará;
Além do mais, apenas o fato da cantora ter abstido o seu lado por certo tempo, fez o tiro de qualquer revelação sair pela culatra, pois sua imagem já estava ferida. Ainda precisa ressaltar que, ao transformarem um ato político em desafio, em que uns vão fazendo de forma tão atropelada como uma sequência de manias que passam rapidamente, somente joga fora um trabalho de alavancar tal luta, mesmo que contraria ao seu direito de pensar.
Como apreciador de músicas, o lado politizado sempre esteve emaranhado às letras. Pabllo Vittar com Indestrutível, que trata sobre violência contra LGTBI+, temos Troye Sivan com Heaven, sobre aceitação. Há uns clássicos no Brasil, como Cálice, do Chico Buarque (Regravado pela cantora Pitty com uma vibe mais rock), ou Para Não Dizer Que Não Falei Das Flores, de Geraldo Vandré, ambas sobre um período antidemocrático na política brasileira, tem Respeita As Mina, da Kell Smith. Todas revelam o lado para qual o cantor joga, mas sem revelar de forma tão ínfima, o que mostra que a carreira vive disso, e não apenas com um discurso passageiro e em conexão.

O que eu quero dizer com tudo o que falei?

A politização na indústria musical não é ruim, pois é disso que muitos vivem. Contudo, a partir do momento em que se torna tóxico, precisa-se dar uma pausa, parar e pensar se vale ou não digitar meia dúzia de palavras no celular, o que atirará para um vácuo sem fim e, muitas vezes, perigoso.

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